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Mostrando postagens de março 26, 2020

"A ausência que seremos" considerações.

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“Já somos  a ausência que seremos. O pó elementar que nos ignora, que foi rubro de Adão, e que é agora todos os homens, e que não veremos Já somos sobre a campa as duas datas  do início e do fim. O ataúde,  a obscena corrupção que nos desnude, o pranto, e  da morte suas bravatas Não sou o insensato que se aferra ao som encantatório do seu nome. Penso com esperança em certo homem que não há de saber o que eu fui na terra. Sob o cruel azul do firmamento  consolo encontro neste pensamento” Numa terça-feira, 25 de agosto de 1987, pouco antes de ser brutalmente assassinado, o médico sanitarista Hector Abad Gomez escreve a mão o soneto de Borges, “Epitáfio”, transcrito acima. “A ausência que seremos” é um livro sobre essa ausência, que ainda clama por justiça, bem como várias vidas perdidas na América Latina, em nome de ideais, melhorias e de sonhos, que muitas vezes não nos permitem sonhar.   Confesso ...