Viver é partir, voltar e repartir...

Escrever, um ato solitário! 

Em 2020 a pandemia chegou e dilacerou tudo. Aparentemente fizemos um pacto de não mencioná-la. Esquecemos os nossos mortos, 700 mil pessoas de carne e osso como nós. De um dia para o outro paramos de usar nossas máscaras (isso para quem um dia as usou). Deixamos para trás as aulas síncronas e assíncronas, as lives, etc. Alguém disse que haveria um "novo normal", tudo isso ficou esquecido. 

Primeiro vieram as semanas difíceis, muita desinformação, deboche, um governo que orgulhava-se de ser ignorante. O medo de sair nas ruas. O álcool em gel em tudo. O espaço da casa virando trabalho. 

Depois as primeiras saídas, mesas distanciadas, mais álcool em gel, máscara no queixo para conversar com os amigos... 

A tão sonhada vacina: uma, duas, três, (quatro?) doses. 

Afrouxamos, a covid voltou sorrateira, os números explodiram no início de 2021, regredimos novamente. 

Todos (ou quase todos) tivemos uma história de perda, luto e tristeza. 

“A vida nunca mais seria a mesma”, mas é, não parou, continuamos navegando em meio ao caos. 

Hoje eu volto a escrever, talvez o único leitor seja eu. Talvez eu nem divulgue esse espaço, afinal likes servem para quem? 

Relembrar os momentos difíceis é preciso. A pandemia não pode ser esquecida, a ausência daqueles que se foram não pode simplesmente desaparecer. Aos que se foram, vocês existiram e são importantes para nós. 

(Dedico esse singelo texto ao querido colega Jefferson Rodrigo) 


Para recordar: foto de junho de 2021, aquele velho normal. 


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